sábado, 24 de julho de 2010

PERDAS

Recentemente vi um filme muito interessante. A história girava sobre um palestrante/consultor que ajudava as pessoas a lidarem com suas perdas (mortes de entes queridos). Depois de assistir fiquei pensando o quanto não sabemos lidar com nossas perdas do dia a dia.
Houve uma época em que eu lamentava sobre as oportunidades de emprego que eu perdia. Passava dias, semanas pensando no assunto. E relacionamentos que chegavam ao fim? E tinha até mesmo os que não aconteciam. Essas perdas são mais difíceis de lidar. Não dá vontade de comer, de trabalhar. O mundo pára. As perdas que atingem nosso coração são mais complicadas.
A verdade é que não sabemos lidar com perda alguma. Somos incapazes de olhar para frente e esquecer a dor. Parece que somos magnetizados pelo sofrimento, principalmente se for o nosso. É antagônico com o discurso que pregamos, quando falamos que em buscar a felicidade a qualquer custo. Por que nos apegamos tanto ao passado? Por que somos tão nostálgicos.
Coloquei uma meta em minha vida. O sofrimento por minhas perdas não devem durar mais que três dias. É isso mesmo. Três é o tempo suficiente para recompor minhas perdas e curar minhas dores. Sejam elas afetivas ou profissionais.
Com a morte de meu pai aprendi que não devemos esquecer o passado, mas também não devemos alimentá-lo. A vida continua. Carpe Dien. Só há um responsável pela minha felicidade, e este sou eu (é claro que aquela mulher por quem me apaixonei também pode ajudar).
A vida não pára. Ela passa muito rápida e não posso deixá-la passar por mim. Como falei em outro texto, sou motorista e não passageiro. Não tenho tempo para chorar ou lamentar. Há um caminho muito longo para seguir e com certeza terei outras perdas. Que venham. Minhas dores e lamentações durarão apenas três dias.
Ah, os períodos de felicidades são bem maiores. Duram semanas, meses, anos...

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